sábado, 13 de novembro de 2010

As vantagens de amamentar por livre demanda

As vantagens de amamentar por livre demanda
Mais um motivo para você, mamãe, insistir em dar o seio. Você não precisa se preocupar em definir horários para a amamentação. Deixe que seu bebê decida e mame quando e quanto quiser. Entenda por quê.


A mais recente cartilha de pediatria publicada pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) arrematou antigas recomendações sobre cuidados com os bebês. Entre as indicações revisadas, e talvez a mais libertadora para as mães, está a que trata dos horários da amamentação. “A mãe é aconselhada a dar o peito sempre que seu filho solicitar”, explica Valdenise Tuma Calil, presidente do Departamento de Aleitamento Materno da SBP. Ou seja, não é preciso se angustiar com os choros famintos até que se estabeleça uma rotina alimentar. “Ele deve mamar quando e quanto quiser. Dessa forma, vai aprender a lidar também com a saciedade, o que reduz o risco de obesidade no futuro”, a pediatra avaliza.

Os pontos positivos

A nova orientação da SBP se baseia nas vantagens que a liberdade de horário na alimentação do recém-nascido traz. “Geralmente a criança que mama quando quer perde menos peso depois do nascimento e estimula mais a lactação da mãe”, explica Valdenise. Dessa forma, a descida do leite e a produção láctea são melhores e mais adequadas. A mamada livre também previne a dor e o endurecimento da mama pelo leite congestionado, além de colaborar para conter a ansiedade do bebê, que prejudica todo o processo. “Quando a criança vai ao peito com muita fome e vontade, é comum que ela machuque o seio da mãe”, completa Valdenise.

A recomendação de alimentar o bebê em intervalos regulares de três horas é mais adequada aos casos em que a criança está sendo alimentada com fórmulas infantis – como leite de vaca modificado. “Devido à composição e à difícil digestibilidade desses leites, o esvaziamento gástrico e a sensação de fome podem demorar mais”, explica Marcus Renato de Carvalho, diretor da Clínica Interdisciplinar de Apoio à Amamentação e coordenador do site http://www.aleitamento.com/. “Na amamentação, é diferente: o leite materno é fácil de digerir, logo o bebê sente fome antes”, justifica o médico. “Recomendamos que os pais se esforcem para reconhecer os sinais de fome e aprendam a diferenciá-los de outros tipos de choro”, alerta Marcus. Foi o que fez a professora Adriana Luz, mãe da pequena Isadora. “Depois que passei a identificar o intervalo entre as mamadas, Isadora não teve mais crise de choro e eu não fico perdida, sem saber o que ela tem”, conta ela.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o leite materno deve ser oferecido até os 6 meses como o titular da alimentação. Depois, ele deve ser mantido, mas começa também a introdução de papinhas e outras alternativas, até que a criança complete 2 anos. No Brasil, os números indicam que essa recomendação está longe de ser seguida. “Em média, as mulheres conseguem amamentar apenas até os 2 meses”, relata Valdenise.

É preciso persistir

Diferentemente do que se idealiza, muitas vezes as mulheres se deparam com alguns desafios que podem desestimular a amamentação. Não raro, o bico dos seios racham e doem no começo, além do cansaço físico e emocional da mãe e a cobrança da sociedade e da família. Mas há motivos de sobra para insistir na prática. Para começar, os benefícios para a saúde do bebê, já que o leite materno carrega nutrientes e garante os anticorpos essenciais de que ele precisa. E a proximidade e o aconchego no momento da mamada reforçam o vínculo entre mãe e bebê. Sem contar, por que não?, o empurrãozinho que a amamentação proporciona na recuperação da forma da mulher depois do parto. Uma vez superados os obstáculos iniciais, tudo fica mais simples e gostoso.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

aleitamento materno

Aleitamento Materno

Como se preparar para amamentar?
A mulher se prepara para a amamentar ao mesmo tempo em que ela se prepara para a maternidade. A amamentação é um dos cuidados importantes para a mulher-mãe e seu bebê.
É muito importante que a mulher busque informações e também converse sobre amamentação com outras mulheres, com profissionais especializados em aleitamento materno e outras pessoas. Ela deve ficar atenta porque a experiência com a amamentação costuma ser diferente entre as mulheres, algumas passam por dificuldades iniciais, enquanto outras não encontram problemas.
A amamentação é muito influenciada pela condição emocional da mulher e pela sociedade em que ela vive. Por isso, o apoio do companheiro, da família, dos profissionais de saúde, enfim, de toda a sociedade é fundamental para que a amamentação ocorra sem complicações.
Todos devem se informar e tirar as dúvidas antes e durante a amamentação.

E o preparo dos seios?
Durante a gestação a natureza prepara o seio para a amamentação. Ocorrem modificações naturais (fisiológicas) no organismo da mulher desde a gestação, preparando para a fase da amamentação: as mamas ficam maiores, as aréolas (parte escura da mama) tornam-se mais escuras e resistentes pela ação dos hormônios.

O que fazer?
Se for possível exponha o seio ao sol da manhã (até 10 h) por 15 minutos e use sutiã confortável, preferindo o de algodão.

O que não fazer?
Não faça pressão sobre a mama para verificar se está saindo leite. Não utilize cremes e pomadas na parte escura da mama (aréola e mamilo).
 

O Leite Humano:

É a alimentação ideal para todas as crianças.
O leite humano por sua composição de nutrientes é considerado um alimento completo e suficiente para garantir o crescimento e desenvolvimento saudável do bebê durante os primeiros 2 anos de vida. É um alimento de fácil e rápida digestão, completamente assimilado pelo organismo infantil.

Mas o leite humano é muito mais do que isso...

Ele possui componentes e mecanismos capazes de proteger a criança de várias doenças.
É um simbiótico: uma fonte natural de lactobacilos, bífidobactérias e oligossacarídios.

Nenhum outro alimento oferece as características imunológicas do leite humano.
A mãe fornece ao filho componentes protetores, através da placenta e do seu leite, enquanto o sistema de defesa do bebê amadurece.

Além disso...

A amamentação favorece o vínculo mãe-filho e facilita o desenvolvimento emocional, cognitivo e do sistema nervoso.
O leite humano é um alimento inimitável devido a sua complexa composição e o único que pode ser oferecido direto de mãe para filho.

Por todos estes motivos...

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que as crianças sejam alimentadas exclusivamente com leite materno nos primeiros seis meses de vida e que, a partir de então, a amamentação seja mantida por dois anos ou mais, juntamente com o uso de alimentos complementares adequados.

A Primeira Mamada:
Momento de afeto entre a mãe e o bebê que os ajuda a alcançarem a amamentação ótima.
É indicado que ainda na sala de parto, nos primeiros minutos das primeiras horas de vida, aconteça a primeira ida ao seio materno. É nesse momento com o contato pele a pele, o toque suave do corpo do bebê sobre o da mãe e em especial sobre o peito, estimulam na mulher a liberação de um hormônio (ocitocina) começando assim a descida do leite e também a contração uterina.
O leite nos primeiros dias pós-parto é chamado de colostro. Nele os fatores que protegem contra doenças estão em grande quantidade, funcionando como a primeira vacina para o bebê.

O bebê tem hora certa para mamar?
Nos primeiros dias o bebê mama freqüentemente. O intervalo entre as mamadas costuma ser curto e irregular, porque o bebê está se adaptando e ainda suga lentamente.
Com a continuação da amamentação, o bebê começa a sugar com maior eficiência, retirando maior volume de leite. Isso fará com que o bebê fique satisfeito por mais tempo e, conseqüentemente, o intervalo entre mamadas será maior, seguindo o ritmo de cada criança. Porque cada uma tem o seu próprio ritmo e por isso não devemos marcar o tempo de duração da mamada.
Aos poucos a mulher vai conhecendo o seu bebê e percebendo o seu ritmo. Algumas crianças mamam das duas mamas a cada refeição, outras ficam satisfeitas mamando somente de uma.

Então, podemos dizer que a amamentação deve ser em livre demanda.
Livre demanda: quando a amamentação segue o ritmo do bebê, sem se preocupar em seguir horário e duração pré-determinados.


Quando termina a mamada?
O bebê é quem marca o tempo da mamada. Então, cada mamada termina quando o bebê para espontaneamente de mamar e solta o seio materno.
É muito importante que o bebê esvazie uma das mamas porque o leite do final da mamada contém maior quantidade de gordura, fazendo o bebê ganhar peso e ficar satisfeito.
Assim, em cada mamada o bebê pode sugar somente um dos seios e ficar satisfeito ou pode precisar sugar o outro seio também.


O leite do começo é diferente do leite do final da mamada?
Quando a mamada começa, o leite é rico em proteína, lactose, vitamina, minerais, água e muitos fatores de proteção. No final da mamada o leite contém mais gordura e por isso fornece mais energia e permite que o bebê fique satisfeito
Por este motivo é importante que a mamada não seja interrompida, caso contrário o bebê pode mamar pouco do leite do final.


O que fazer quando a mulher está com muito leite?
Quando a mulher produz muito leite, pode acontecer de o bebê não conseguir mamar o leite com mais gordura e isso influencia no seu ganho de peso. Neste caso a mulher deve retirar um pouco do leite antes da mamada, possibilitando que seu bebê receba também o leite mais gordo, com mais energia e se desenvolva satisfatoriamente.
A mulher não deve deixar a mama muito cheia de leite (ingurgitadas) porque o leite parado dentro da mama pode “empedrar”. Sempre que a mulher perceber os seios pesados, doloridos ou com nódulos endurecidos, é necessário fazer massagem e retirar o leite, evitando a dor e o desconforto que o ingurgitamento costuma provocar.
Leia sobre a massagem e retirada do leite clicando aquí.

Quando ocorre o ingurgitamento?
As mamas podem ficar endurecidas em torno do quarto dia pós-parto. É quando o leite desce em volume maior e o bebê não dá conta de mamar todo o leite produzido. É uma situação que perdura alguns dias onde a oferta (produção de leite) é maior do que a procura (necessidade do bebê) até que seja regularizada.
Nesse momento a mulher deve fazer massagem e retirar o excesso de leite, podendo doar o leite para o Banco de Leite Humano mais próximo de sua residência.
Consulte aquí o Banco de Leite Humano mais próximo de você.
Durante o período de amamentação, quando houver aumento da produção de leite ou quando o bebê mamar menos do que o habitual pode ocorrer acúmulo de leite nas mamas. Por isso, é aconselhável que a mulher realize massagem e retire o leite sempre que perceber que a mama está ficando muito cheia e endurecida.
Sempre que a mulher não conseguir fazer a massagem e retirar o seu leite, ela precisa procurar ajuda em um Banco de Leite Humano, Salas de Amamentação, Unidades Básicas de Saúde ou com um profissional (médico, enfermeiro, fonoaudiólogo, nutricionista, etc.) capacitado para essa ajuda.


Como segurar o bebê para amamentar?
Na amamentação é muito importante a forma que o bebê suga o peito, a pega (como chamamos) deve ser na aréola e não no mamilo (bico do peito). Por isso o tamanho ou forma do mamilo não tem influência e quando a pega é feita com o bebê abocanhando a aréola, o leite sai com facilidade.
 Pega correta
Pega correta








Para ajudar ao bebê a ter uma pega correta, é importante o jeito como a mulher segura seu filho para amamentar.

O bebê precisa ficar de frente para ela (isto é, a barriga do bebê de frente para barriga da mãe) e também bem próximo ao peito. Para ficar próximo a mãe deve abraçar seu filho, envolve-lo com seus braços e sustenta-lo em seu colo e não em suas pernas.

Então, para facilitar ambos, mãe e filho, indicamos que seja colocado um travesseiro em cima das pernas da mãe onde ela poderá apoiar seu braço e ao mesmo tempo manter seu bebê ao colo e mamando.






A posição da mulher e do bebê na amamentação pode variar?
Sim, tanto a mulher quanto o bebê podem variar suas posições, mas é necessário que em qualquer posição o bebê esteja de frente para sua mãe (a barriga do bebê de frente para barriga da mãe), para favorecer que ele tenha uma pega correta.

A mulher pode estar sentada ou deitada;
A criança pode estar na posição mais tradicional ou em posição invertida;
Pode estar sentada em cavalinho ou deitada na cama com sua mãe.

O importante é que estejam confortáveis.


Como o leite humano é produzido?

Logo após o nascimento do bebê as mamas podem parecer vazias, mas estão produzindo o volume de leite que o bebê necessita. Após alguns dias, as mamas começam a ficar mais cheias, podendo ser necessário que a mulher retire um pouco do leite que está sobrando na mama.
Em geral, após as primeiras semanas, apesar de continuar a produzir o leite suficiente para o bebê, as mamas parecem menos cheias e ficam mais macias, parecidas como eram antes da gestação. Isto faz com que as mulheres pensem que não estão mais produzindo leite suficiente.
Mas estão produzindo sim. Nessa fase funciona a “lei da oferta e procura”: o leite é produzido de acordo com o que o bebê mama e a cada mamada.


Existe leite fraco?
Não. Toda mulher produz o leite adequado para o seu filho.


quarta-feira, 15 de setembro de 2010

POR QUE AMAMENTAR?

 Tudo o que precisa de saber 
para amamentar com sucesso!

Amamentar é um acto natural e constitui a melhor forma de alimentar, proteger e amar o seu bebé.
A amamentação é um processo fisiológico, natural,
mas que precisa de ser aprendido.
Neste site queremos dar-lhe toda a informação que você necessita para amamentar com sucesso e poder desfrutar de uma experiência única que é a relação de amamentação com o seu bebé.